Você conhece
os heróis... Você conhece os vilões... Você conhece os policiais... Chegou a
hora de conhecer Gotham City pelo olhar de seus verdadeiros habitantes: os
GOTHAMITAS!!!
Toc, toc, toc...
Batidas fortes e já aguardadas naquele apartamento na região industrial de
Gotham.
“Bom dia Sr. Scott... Graças a Deus o senhor veio. Estamos desesperados.”
Scott Norman é um badalado paranormal que garante se comunicar com espíritos e expulsá-los de casas assombradas.
Quando entra no apartamento, o homem grande com longos cabelos brancos e usando uma espécie de manto colorido parecido com o de alguma tribo africana, revira os seus olhos ficando exposto somente um branco sinistro... Parecendo incorporar algo...
Quando seus olhos voltam ao normal ele fala:
“Sinto uma presença nesse local... Conte-me porque me procurou?”
“Meu nome é Janeth e desde que meu marido, filho e eu nos mudamos para esse apartamento estávamos muito felizes... Tudo normal. Mais há dois meses estão acontecendo coisas estranhas... Sempre deixamos a luz da sala acesa antes de dormir e quando acordamos ela está apagada... Barulhos a noite... E o mais estranho: outra noite meu filho acordou e veio até a sala e começou a gritar jurando ter visto um homem todo vestido de preto parado na frente daquela janela. Algumas noites depois meu marido teve a mesma visão... Quando correu para acender a luz, a janela estava aberta e não havia nada lá...”
...
Shhhhh...
Esse era o barulho do café sendo derramado em duas xícaras no balcão da padaria próxima a delegacia, no centro de Gotham. Ao virarem o café de uma só vez, dois apressados investigadores da policia, vestindo sobretudo e chapéu, correm para o carro estacionado na em frente a padaria.
“Cara esse tal de Batman vai acabar aposentando todos os policiais de Gotham.”
“Como assim? Ele só quer ajudar. Nossa cidade nunca esteve tão segura.”
“Sim, eu sei! Mas veja esse caso que estamos a caminho, por exemplo, ele fez todo o trabalho sozinho.”
“Relaxa homem! Gotham sempre precisará de bons policiais...”
...
Os olhos dele voltam a se revirar.
“Sim... Sim... Estou sentindo uma presença, existe alguém conosco aqui... Existe muito sofrimento, posso sentir... Posso me comunicar com ele e até expulsá-lo daqui, mas este é um processo muito desgastante e perigoso pra mim e eu não costumo cobrar barato por este tipo de serviço... Vocês estão dispostos a pagar o preço?”
“Não se preocupe com dinheiro faça o que for necessário...”
...
Quando chegam naquele antigo galpão de ferro e com grandes janelas na parte superior, os investigadores encontram vários homens amarrados. Alguns pelos pés de cabeça para baixo... Muita coisa quebrada... Bagunça por todos os lados e no centro do galpão uma enorme quantidade de drogas empilhadas.
Os investigadores se aproximam de um dos homens amarrados e retiram a mordaça da sua boca.
“O que houve aqui?”
“Cara pelo amor de Deus, pode me prender. Faça o que quiser... Só não deixa ele chegar perto de mim de novo.”
“Ele quem?”
“Sei lá, parecia um vulto... E como bate forte! Sinto dor em todos os ossos do meu corpo!”
“Há quanto tempo você estavam trabalhando aqui?”
“Há dois meses cara. Essa era a grande noite! Iríamos fazer o grande carregamento, mas aquela coisa apareceu e estragou tudo.”
...
Velas acesas por todo o apartamento... Amuletos e estatuetas...
O homem com o roupão esquisito apoia as mãos na janela e começa a falar algumas coisas entranhas... Parecia estar em algum tipo de transe... E então ele grita:
“Sim... Sim... Foi aqui... Dessa janela que ele se jogou... Muita dor... Muito sofrimento... Pobre John... Sim... Posso senti-lo. Todas as noites ele repete o mesmo ato desesperado... Por isso conseguem vê-lo.”
Seu corpo começa a tremer como se estivesse tendo uma convulsão.
“Saia John... Saia desse lar... Você não precisa mais sofrer... Pode ir... Vá em direção à luz... Sim John... Vá... Adeus John... Descanse em paz...”
Ele para de tremer e seus olhos voltam ao normal. Ele se vira, respira fundo e diz:
"Ele se foi..."
...
No galpão, enquanto sobem as escadas em direção ao andar com as grandes janelas, os investigadores conversam:
“Cara, eu posso apostar que não foi coincidência. O Batman sabia que seria essa noite! Ele devia estar acompanhando isso há um bom tempo. Devia ter uma vista privilegiada de tudo isso aqui.”
Quando chegam à parte superior, encontram uma grande janela quebrada e vidros despedaçados pelo chão.
“Com certeza foi por aqui que ele entrou e o que aconteceu a seguir você já sabe... Pobres traficantes... Não queria estar na pele deles...”
“Agora a duvida é: de onde ele vigiava durante todo este tempo?”
“Olha cara. Dá uma olhada nisso!”
Da janela quebrada eles avistam um prédio antigo. Alguns andares acima, um homem grande com longos cabelos brancos e uma enorme roupa colorida, estava apoiado na janela e parecia estar rezando.
“Não é aquele vigarista, enganador e charlatão que já prendemos algumas vezes?”
“Sim, é ele mesmo... Ele já se fez passar por pastor evangélico, padre exorcista, curandeiro e agora anda se passando por médium ou paranormal, sei lá... Tudo para arrancar dinheiro de pessoas desesperadas.”
“Sim, é ele... Mas aquela janela seria uma boa vista desse galpão, não acha???”
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“Bom dia Sr. Scott... Graças a Deus o senhor veio. Estamos desesperados.”
Scott Norman é um badalado paranormal que garante se comunicar com espíritos e expulsá-los de casas assombradas.
Quando entra no apartamento, o homem grande com longos cabelos brancos e usando uma espécie de manto colorido parecido com o de alguma tribo africana, revira os seus olhos ficando exposto somente um branco sinistro... Parecendo incorporar algo...
Quando seus olhos voltam ao normal ele fala:
“Sinto uma presença nesse local... Conte-me porque me procurou?”
“Meu nome é Janeth e desde que meu marido, filho e eu nos mudamos para esse apartamento estávamos muito felizes... Tudo normal. Mais há dois meses estão acontecendo coisas estranhas... Sempre deixamos a luz da sala acesa antes de dormir e quando acordamos ela está apagada... Barulhos a noite... E o mais estranho: outra noite meu filho acordou e veio até a sala e começou a gritar jurando ter visto um homem todo vestido de preto parado na frente daquela janela. Algumas noites depois meu marido teve a mesma visão... Quando correu para acender a luz, a janela estava aberta e não havia nada lá...”
...
Shhhhh...
Esse era o barulho do café sendo derramado em duas xícaras no balcão da padaria próxima a delegacia, no centro de Gotham. Ao virarem o café de uma só vez, dois apressados investigadores da policia, vestindo sobretudo e chapéu, correm para o carro estacionado na em frente a padaria.
“Cara esse tal de Batman vai acabar aposentando todos os policiais de Gotham.”
“Como assim? Ele só quer ajudar. Nossa cidade nunca esteve tão segura.”
“Sim, eu sei! Mas veja esse caso que estamos a caminho, por exemplo, ele fez todo o trabalho sozinho.”
“Relaxa homem! Gotham sempre precisará de bons policiais...”
...
Os olhos dele voltam a se revirar.
“Sim... Sim... Estou sentindo uma presença, existe alguém conosco aqui... Existe muito sofrimento, posso sentir... Posso me comunicar com ele e até expulsá-lo daqui, mas este é um processo muito desgastante e perigoso pra mim e eu não costumo cobrar barato por este tipo de serviço... Vocês estão dispostos a pagar o preço?”
“Não se preocupe com dinheiro faça o que for necessário...”
...
Quando chegam naquele antigo galpão de ferro e com grandes janelas na parte superior, os investigadores encontram vários homens amarrados. Alguns pelos pés de cabeça para baixo... Muita coisa quebrada... Bagunça por todos os lados e no centro do galpão uma enorme quantidade de drogas empilhadas.
Os investigadores se aproximam de um dos homens amarrados e retiram a mordaça da sua boca.
“O que houve aqui?”
“Cara pelo amor de Deus, pode me prender. Faça o que quiser... Só não deixa ele chegar perto de mim de novo.”
“Ele quem?”
“Sei lá, parecia um vulto... E como bate forte! Sinto dor em todos os ossos do meu corpo!”
“Há quanto tempo você estavam trabalhando aqui?”
“Há dois meses cara. Essa era a grande noite! Iríamos fazer o grande carregamento, mas aquela coisa apareceu e estragou tudo.”
...
Velas acesas por todo o apartamento... Amuletos e estatuetas...
O homem com o roupão esquisito apoia as mãos na janela e começa a falar algumas coisas entranhas... Parecia estar em algum tipo de transe... E então ele grita:
“Sim... Sim... Foi aqui... Dessa janela que ele se jogou... Muita dor... Muito sofrimento... Pobre John... Sim... Posso senti-lo. Todas as noites ele repete o mesmo ato desesperado... Por isso conseguem vê-lo.”
Seu corpo começa a tremer como se estivesse tendo uma convulsão.
“Saia John... Saia desse lar... Você não precisa mais sofrer... Pode ir... Vá em direção à luz... Sim John... Vá... Adeus John... Descanse em paz...”
Ele para de tremer e seus olhos voltam ao normal. Ele se vira, respira fundo e diz:
"Ele se foi..."
...
No galpão, enquanto sobem as escadas em direção ao andar com as grandes janelas, os investigadores conversam:
“Cara, eu posso apostar que não foi coincidência. O Batman sabia que seria essa noite! Ele devia estar acompanhando isso há um bom tempo. Devia ter uma vista privilegiada de tudo isso aqui.”
Quando chegam à parte superior, encontram uma grande janela quebrada e vidros despedaçados pelo chão.
“Com certeza foi por aqui que ele entrou e o que aconteceu a seguir você já sabe... Pobres traficantes... Não queria estar na pele deles...”
“Agora a duvida é: de onde ele vigiava durante todo este tempo?”
“Olha cara. Dá uma olhada nisso!”
Da janela quebrada eles avistam um prédio antigo. Alguns andares acima, um homem grande com longos cabelos brancos e uma enorme roupa colorida, estava apoiado na janela e parecia estar rezando.
“Não é aquele vigarista, enganador e charlatão que já prendemos algumas vezes?”
“Sim, é ele mesmo... Ele já se fez passar por pastor evangélico, padre exorcista, curandeiro e agora anda se passando por médium ou paranormal, sei lá... Tudo para arrancar dinheiro de pessoas desesperadas.”
“Sim, é ele... Mas aquela janela seria uma boa vista desse galpão, não acha???”
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Eu li todos os contos que foram feitos, e esse sem dúvida é o melhor de todos. Muito bem escrito, os fatos bem narrados. Ótimo!
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