Você conhece os heróis... Você conhece os vilões... Você conhece os policiais... Chegou a hora de conhecer Gotham City pelo olhar de seus verdadeiros habitantes: os GOTHAMITAS!!!
Lembro-me com muito carinho de todas as
coisas que minha mãe fazia por mim.
Fosse com um simples gesto de carinho,
cozinhando o meu prato favorito, passando a mão nos meus cabelos ou até mesmo
me chamando, secretamente, por aquele apelido constrangedor que será para
sempre o nosso segredo.
Nunca conheci meu pai. Em seu lugar, um
padrasto foi a minha referência masculina enquanto eu crescia.
Ao contrário de minha mãe, uma pessoa doce
e gentil, ele era um ser asqueroso. A personificação da palavra machismo.
Não movia uma palha dentro de casa.
Minha mãe trabalhava como camareira no
hotel mais chique de Gotham City, arrumando a bagunça que os figurões da cidade
faziam. Ela me contava cada coisa! Coisas que me embrulham o estômago só pela
recordação.
Além do emprego formal, trabalhava, e
muito, dentro de casa. Eu tentava ajudar como podia, mas aquele cidadão não me
deixava fazer quase nada por ser “coisa de mulher”.
Ela limpava, passava, cozinhava e ele...
nada. Vivia gritando e pedindo as coisas sentado no sofá, enquanto assistia o
seu canal de esportes o dia todo.
Não sei o que ela via nele.
Mas eu me lembro muito bem das coisas que
eu via nela.
“Topadas na mesa”, “escorregadas no banho”
e “esbarrões nas portas” era o que eu via.
Sempre o mesmo padrão de justificativas.
Um dia, num acesso de raiva, mesmo sendo
apenas um menino, perguntei a ele:
Por que você faz isso com ela?
Porque ela é mulher, isso é o que ela
merece. – respondeu.
Que espécie de justificativa é essa?
Que tipo de ser humano é esse?
Por acaso ele não teve mãe?
Nasceu de um ovo?
Pois é, eu nunca entenderei...
Naquela época eu não podia fazer muita
coisa, pois era apenas uma criança e minha mãe aceitava aquela situação.
Mas por qual motivo? Somente ela poderia
responder. E nunca o fez.
Ela não precisava dele! Assim como mulher
nenhuma precisa de um homem. Foi-se o tempo em que as mulheres eram submissas e
não tinham palavra para nada.
Já naquela época as coisas estavam mudando.
Hoje, apesar de, infelizmente, ainda
existir muito preconceito, as mulheres são independentes e tem autonomia
suficiente para escolher que caminho trilhar sem precisar, necessariamente, de
um homem ao seu lado.
Esse é o pensamento que eu tive, tenho e
terei.
Caso futuramente eu tenha uma filha, será
essa a educação que darei a ela.
Vá! Conquiste o mundo!Você tem esse
direito!
Faça somente aquilo que você quiser fazer!
Seja somente o que você quiser ser!
Algumas querem ser como a Batgirl...
outras, se espelham na Mulher-Gato... e ainda tem aquelas que, vai se saber por
qual razão, querem se tornar uma Arlequina.
Todas.
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Ah eeee, o Gothamitas voltou!
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