Você conhece os heróis... Você conhece os vilões... Você conhece os policiais... Chegou a hora de conhecer Gotham City pelo olhar de seus verdadeiros habitantes: os GOTHAMITAS!!!
Por
onde começar... Bom, melhor que seja pelo começo...
Há
53 anos atrás eu nascia em
Gotham City e desde então sou morador daqui. Nunca conheci
outra cidade, portanto não sei dizer ao certo se ser um Gothamita é uma
vantagem ou desvantagem.
Quando
eu era criança tudo era muito diferente do que é hoje: esta era uma cidade
próspera, as pessoas tinham orgulho em dizer que eram felizes habitantes de
Gotham, indústrias e empresas de diversos ramos da economia se instalavam por
aqui gerando muitos empregos e contribuindo diretamente para o crescimento da
cidade, fora outras coisas que eu não me lembro.
Cresci
e me tornei um jovem sonhador que almejava uma carreira sólida e, desta forma, criar
um projeto para conseguir mudar o mundo. Também, como todo adolescente, passei
pelas diversas fases de amadurecimento: me revoltei com tudo e com todos, me
apaixonei pela “mulher da minha vida”e até quis fugir de casa e ir perambular
pelo mundo. Tudo isso antes dos 16 anos.
Aos
20 anos me casei e me tornei pai pela primeira vez... Que transformação! Ter
aquele pequeno ser em minhas mãos sabendo que ele dependia totalmente das
minhas ações, mudou a minha forma de encarar a vida. Passei a ter mais
responsabilidades e a dar valor ao que realmente importava.
Infelizmente,
as coisas começaram a mudar em Gotham City: o número de crimes aumentou,
algumas empresas se mudaram para outras cidades, pequenos comércios preferiam
baixar as portas com medo do crescente número de assaltos e não demorou muito
para que eu me tornasse mais um entre as centenas de desempregados.
Durante
muito tempo não consegui emprego e nós sobrevivíamos graças à ajuda dos nossos
parentes e amigos. Para complicar ainda mais a nossa situação, minha esposa
engravidou novamente e, por eu não conseguir emprego, nós fomos morar na casa
da minha sogra.
Para
esquecer os problemas e afogar as minhas mágoas e tristezas passei a beber... E
beber... E beber... Obviamente isso acabou com o meu casamento e eu fui expulso
de casa pela minha esposa.
Não
preciso dizer o quanto me tornei depressivo desde então...
Se
antes a bebida era suficiente, logo passou a não ser. Me envolvi com drogas
cada vez mais pesadas e passei a mendigar para sustentar o meu vício: no começo
a maconha, depois cocaína e, finalmente, o crack.
Hoje
completo 53 anos e vivo nas ruas desde aquela época. De vez em quando não sei
se estou acordado, dormindo ou viajando devido ao efeito das drogas. Acho que
na maioria das vezes estou viajando, pois eu podia jurar que há alguns dias vi
um morcego gigante correndo atrás de um palhaço.
Escrevo
essa Carta de Despedida e a jogo ao vento para, quem sabe, cair nas mãos de uma
pessoa que a leia e a utilize como exemplo para mudar de vida enquanto é tempo.
Para
mim, infelizmente, não existe mais tempo. Só me resta um caminho.
Farei
o favor de trilhá-lo e adiantar este processo.
Adeus.
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Calma aí o cara se matou? parabéns caue este conto foi muito bem escrito o melhor até agora o que eu mais gostei
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