Traduzir em palavras o nosso sentimento ao assistirmos o último capítulo da Bat-Trilogia de Christopher “Fucking” Nolan no cinema não será uma tarefa das mais fáceis, mas vamos tentar, da melhor forma possível, transcrever a ansiedade do antes, o nervosismo e as surpresas do durante e a felicidade, emoção e sensação de realização do depois de termos visto o ÉPICO Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge (The Dark Knight Rises).
Com certeza, este era o filme mais aguardado dos últimos anos (se você não concorda, provavelmente esteja no blog errado), pois imediatamente após o término do excepcional Batman – O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight) começaram os boatos sobre um terceiro filme e a óbvia ausência de Heath Ledger e do seu imortalizado Coringa, que se transformou em um dos maiores e melhores vilões de todos os tempos!
Todos se perguntavam “Como superar O Cavaleiro das Trevas? Como superar o Coringa?”. Porém, cá entre nós, seria quase impossível realizar esta tarefa, pois o Coringa foi o nome do filme e ele é o melhor inimigo do Batman (quiçá o melhor vilão dos quadrinhos!). Pensando nisso, a saída foi mostrar a redenção do personagem título complementada com a resolução dos problemas apresentados nos filmes anteriores criando assim uma “trilogia perfeita”. Fazendo algo nessa linha você não precisa superar o quase insuperável O Cavaleiro das Trevas... E essa foi a jogada de mestre do Sr. Nolan!
Passaram-se 8 anos após os eventos ocorridos em TDK e o Batman não é visto desde então. Bruce Wayne (Christian Bale) passa todo o seu tempo escondido na reconstruída Mansão Wayne por ainda se culpar pela morte de Rachel Dawes (Maggie Gyllenhall) e devido ao seu atual estado físico, necessitando do apoio de uma bengala aparentemente resultado do tiro disparado por Harvey Dent (Aaron Eckhart) no filme anterior e da queda que resultou na morte do mesmo.
Gotham City vive um longo período de paz graças aos resultados do Ato Dent, legislação anti-criminal severa que levou centenas de pessoas para a cadeia e que recebeu este nome graças ao heroísmo fajuto de Harvey Dent, declarado herói municipal.
Alfred (Michael Caine), o Comissário Gordon (Gary Oldman) e Lucius Fox (Morgan Freeman), as únicas pessoas que conhecem a verdadeira história, continuam ao lado de Bruce mantendo a mentira visando um bem maior. Porém as coisas começam a mudar para ele quando surgem a misteriosa Selina Kyle (Anne Hathaway) – ladra profissional -, o jovem policial John Blake (Joseph Gordon-Levitt) – que prova conhecer a verdadeira identidade d’o Homem Morcego –, a enigmática Miranda Tate (Marion Cotillard) - membro da diretoria da Wayne Enterprises - e, principalmente, o vilão Bane (Tom Hardy) – determinado a acabar com a cidade de Gotham e, consequentemente, com o seu maior herói.
O bacana do início de Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge foi mostrar o lado humano e frágil de um Bruce Wayne mais maduro, pois por quanto tempo pode agüentar uma pessoa que luta contra o crime com as suas próprias mãos? A cena no hospital, por exemplo, mostra exatamente quais são as conseqüências de uma pessoa que se exige ao máximo sem pensar na gravidade de seus atos. Neste quesito, TDKR é de longe o melhor bat-filme de Christian Bale, pois é nítida a sua transformação física e psicológica no decorrer da história.
Se em TDK o Batman enfrenta um vilão totalmente psicológico que leva porrada e continua rindo sem nem ao menos esboçar uma reação, em TDKR o Morcego tem pela frente um de seus maiores inimigos nos quadrinhos com potencial para rivalizar com ele num combate corpo-a-corpo: Bane.
OBS: Antes de tudo, esqueça aquela coisa horrorosa mostrada no “sonho colorido” de Joel Schumacher em 1997 (Batman & Robin)... Exorcizado este demônio, continuemos...
Muito semelhante à estrutura da introdução do Coringa no filme anterior, em TDKR a cena de abertura e a apresentação do Bane aos espectadores são SENSACIONAIS: a “captura” do Bane pela CIA, o rapto do avião e o seqüestro do Dr. Pavel (Alon Aboutboul), que tem um papel importante no plano do vilão, são de tirar o fôlego. Assistindo a esta cena nós já sofremos a primeira “porrada na cara” ao nos depararmos com a imponência do personagem.
Muito foi falado sobre a dificuldade de compreensão na voz do Bane. Problema este que foi corrigido com a redublagem na pós-produção do filme, dando um leve ar artificial em algumas cenas, porém sem prejudicar o andamento do mesmo. Algumas pessoas chegaram a criticar o excesso de sotaque na fala dele, mas, para nós aqui d’OHM, a questão não se resume a ele ter ou não um sotaque (o que seria compreensível por ele não ter nascido nos EUA). A impressão que nós temos é de que o simples ato de falar é algo penoso para ele, que precisa forçar a sua fala o tempo todo o que causaria as diversas oscilações no volume e tom de voz. Sem nos esquecermos de mencionar a questão dele estar o tempo todo com uma “focinheira” no rosto, o que por si só já dificultaria qualquer tentativa de se comunicar. Tirando este “percalço”, Bane é um personagem ameaçador, pois a sua presença imponente e força lhe dão vantagem sobre os demais personagens
As cenas onde o Comissário Gordon é levado até a sua presença nos esgotos, no assalto à Bolsa de Valores e em sua exibição ao mundo no estádio de futebol americano demonstram a frieza com que ele trata as pessoas e o quanto ele não dá a mínima atenção à vida de quem quer que seja.
Mas o que todos nós bat-maníacos mais queríamos ver eram as cenas de luta entre ele e o Batman e não nos decepcionamos em nada! As duas cenas de porradaria entre os dois são extremamente críveis, intensas e bem executadas. Porém, acima de qualquer outra coisa, o que todos queríamos saber era se a famosa cena do Bane quebrando a coluna do Morcego seria mostrada... E FOI!
Nos quadrinhos, Bane liberta todos os prisioneiros do Asilo Arkham e fica de longe assistindo e estudando o Batman aprendendo todos os seus golpes e táticas enquanto o Cavaleiro das Trevas, sem descanso, se desgasta cada vez mais com a missão quase impossível de recapturar todos os vilões da cidade. Quando o Batman demonstra estar no limite de sua sanidade mental e física o Bane invade a Mansão Wayne, demonstrando conhecer a sua real identidade, bate num debilitado Bruce que não consegue reagir e, numa das cenas mais clássicas de todos os tempos nas HQ’s, quebra a coluna dele dentro da Bat-Caverna!
No filme, Bruce Wayne está “enferrujado” devido ao longo tempo fora de atuação como o Batman e, assim que ele sai da aposentadoria, é levado a enfrentar o Bane totalmente em forma.
A cena é espetacular! Primeiramente pela ausência de música, deixando somente o barulho natural do ambiente e dos dois lutadores se digladiando junto ao excelente monólogo do Bane, contando um pouco de sua origem e do seu plano de dar continuidade ao trabalho de Ra’s Al Ghul (Liam Neeson) para destruir Gotham City de uma vez por todas. Detalhe para diversos momentos da luta onde o Bane fica com os braços abaixados recebendo os golpes do Batman, testando os limites da força do Morcego. Sem contar as frases retiradas diretamente do arco “A Queda do Morcego” e da aguardadíssima I WILL BREAK YOU (Eu vou quebrar você!).
Uma cena brutal... Seca... Sem efeitos especiais... Do jeito que todos nós sempre imaginamos... Temos certeza absoluta de que todos os bat-fãs de longa data vibraram com esta cena!
Obviamente que a coluna dele não foi quebrada, mas sim avariada gravemente, pois quebrar a coluna do personagem principal não seria nada agradável a um filme que busca a redenção do Batman. Bruce Wayne é levado à prisão onde Bane ficou preso por diversos anos e é mantido vivo para que possa visualizar a destruição de sua cidade.
Mas vamos pausar um pouco e falar sobre os demais personagens do filme...
Se no momento da escolha da atriz Anne Hathaway para o papel de Selina Kyle/Mulher-Gato (detalhe: a alcunha Mulher-Gato não é utilizada em nenhum momento do filme) todos, inclusive nós d’OHM, reclamávamos de tal escolha, após assistirmos TDKR e nos depararmos com a sua excelente atuação, podemos dizer que a interpretação da Mulher-Gato pela Sra. Hathaway é a melhor representação da essência da personagem desde... Desde... Sempre!
O seu andar, a sua elasticidade, o jeito de falar e defender seus interesses, a sua dissimulação se fazendo passar por vítima na cena onde os policiais invadem o local onde ela negociava com um dos chefões de Gotham, a sua ironia em diversas cenas e, para delírio dos nerds fãs do personagem, o modo dela “dar em cima” do Batman é para colocar o ceticismo de lado e acreditar realmente na personagem. A cena de introdução dela na Mansão Wayne se transformando de uma copeira à uma ladra em busca das digitais do Bruce é de tirar o chapéu!
Claro que todos ficaram “putos” quando Bruce fica pobre por causa de uma transação feita com as digitais roubadas dele, ou quando ela entrega o Batman de bandeja no covil do Bane a troco deles não tentarem mais matá-la e quando, na volta do Batman, ela pega a Batpod emprestada e afirma que vai fugir da cidade.
Nesta cena específica (fuga de Gotham) o que algumas pessoas não entenderam foi como o Batman pôde confiar nela já que tudo o que ocorreu de mal com ele neste curto espaço de tempo teve influencia direta dela. A resposta é uma só: ele não confiou. Para abandonar a cidade, Selina precisava passar por uma das passagens bloqueadas e por isso ele emprestou a Batpod para que a passagem fosse aberta para ela e, consequentemente, para os cidadãos fugirem. Meio que “você pode fugir, mas pra isso vai ter que me ajudar querendo ou não”. Que sacada!
Claro que ela volta e ajuda o Batman na resolução do problema todo, mas isso é assunto pra daqui a pouco...
Além dos coadjuvantes principais, também temos os personagens de Marion Cotillard e Joseph Gordon-Levitt que foram alvos de especulações desde o momento em que foram anunciadas as suas contratações para o elenco de TDKR.
Bom, primeiro as damas...
Sim, ela é a Talia Al Ghul, filha do falecido Ra’s Al Ghul, mentor de Bruce Wayne e ex-líder da Liga das Sombras.
Para quem é fã dos quadrinhos, esta personagem já era uma “barbada”, pois estava na cara o tempo todo que ela não era Miranda Tate coisa nenhuma. Para quem se atenta aos detalhes, em Batman Begins Ra’s diz para Bruce que eles (Liga das Sombras) se infiltraram em todas as camadas da sociedade e assim que foi divulgada que ela (Miranda) era um membro da diretoria da Wayne Enterprises, ficou nítido qual era o seu papel na história.
Na verdade, ela e o Bane eram os responsáveis por terminar o trabalho de Ra’s tirando Gotham City do mapa e o relacionamento dos dois vem de longa data, de quando Talia ainda era criança. Durante o filme todo fica a dúvida sobre o Bane ser ou não o filho de Ra’s que se tornou uma lenda por conseguir escapar da prisão onde Bruce está sendo mantido vivo (conforme mencionado anteriormente), porém esta criança, na verdade, era a Talia e Bane foi o homem que a ajudou a fugir.
São deixadas várias pistas no decorrer do filme que entregam realmente quem é a criança filha de Ra’s Al Ghul, porém nem todos perceberam isso antes da revelação final.
Apesar de sua morte caricata demais, a personagem foi satisfatória no filme e, em mais uma referência às HQ’s teve uma noite de amor com Bruce Wayne. Porém diferentemente do que acontece nos quadrinhos quando ela engravida e dá à luz Damian Wayne (atual Robin), no filme ela não sobrevive para dar continuidade à Dinastia Al Ghul/Wayne.
Falando no “Menino-Prodígio”, chegamos ao personagem John Blake, interpretado pelo excelente Joseph Gordon-Levitt.
Sim, ele é o ROBIN... Mas não o Robin que nós conhecemos... Nada de Dick Grayson, Jason Todd ou Tim Drake... O nome verdadeiro de John Blake é Robin! Porém só descobrimos isso bem mais tarde...
Durante o filme, nós conhecemos um pouco mais da sua história e descobrimos que ele cresceu em um orfanato mantido pela Fundação Wayne e que desde a sua adolescência, devido às suas experiências pessoais e sentimentais adquiridas devido à sua situação como órfão, ele sabe que Bruce é o Batman desde quando o mesmo fez uma visita ao orfanato onde ele vivia. Nesta ocasião Blake conseguiu identificar a “interpretação” do personagem Bruce Wayne, e notar algo em comum que eles tinham, pois era exatamente isto que ele fazia para passar aos outros a impressão de que era feliz quando na verdade não era.
Após Bruce tomar conhecimento desde fato, o relacionamento entre os dois se torna mais estreito passando a impressão de algo como mentor e aluno, com o Bruce sempre frisando a importância de se usar uma máscara e se tornar um símbolo para as pessoas. Para os detetives de plantão, já fica bem evidente qual o futuro do personagem, concordam?!
Esta foi uma das diversas maneiras de Chris Nolan homenagear os seus fãs, pois desde o princípio ele afirmou que um Robin não cabia em seu mundo. Porém, este é o mais real Robin de todos. Nada de um moleque de circo com roupa justa e sapatos de duende. Nada de roupa vermelha, amarela a verde. E sim um policial, que perdeu a fé na corporação, e que está acostumado a caçar bandidos e lidar com situações adversas. Outra decisão genial de Chris Nolan: criar um mix com todos os Robins (Dick: Foi policial antes de se tornar Asa Noturna / Jason: era órfão / Tim: descobriu a verdadeira identidade do Batman) e criar o “seu” Robin.
Mais uma vez, temos certeza que a reação dos bat-maníacos ao descobrir o verdadeiro nome do personagem aos “45 do segundo tempo” foi de aplausos e, em alguns casos como o nosso, por exemplo, lágrimas.
Voltando ao Poço/Prisão onde Bruce Wayne está sendo mantido cativo, nós conhecemos um pouco mais sobre a criança lendária que conseguiu escapar daquele lugar, sendo a única pessoa a conseguir tal feito.
As costas de Bruce Wayne são curadas, literalmente, na porrada! Muitos também “torceram o nariz” para esta cena sob a alegação de “Por que ele foi curado? Curado com um soco nas costas?”, mas analisando o contexto do filme não poderia ser de outra forma. Primeiramente, Bane foi muito específico em deixá-lo vivo e, se Bruce não recebesse cuidados médicos acabaria morrendo. Outra coisa: eles estavam num buraco no fim do mundo e não dispunham de recursos médicos para curá-lo da forma tradicional, fora que, pelo excesso de tempo em que os prisioneiros estavam ali, já deveriam ter se acostumado com métodos rudimentares de medicina justamente pela falta destes recursos.
Enquanto Bruce Wayne se recupera, ele acompanha, através de uma televisão, Gotham City sendo sitiada e isolada do mundo por Bane e seu exército (numa clara referência à saga “Terra de Ninguém”) que tomam conta da cidade, prendendo os policiais nos túneis do metrô e transformando uma arma da Wayne Enterprises em uma bomba nuclear capaz de tirar a cidade do mapa!
Após duas tentativas falhas de sair do buraco escalando a parede amarrado a uma corda, Bruce tem uma conversa muito significativa com um dos presos e decide aceitar o seu destino: fazer a escalada sem a corda e retomar o medo da morte, para assim criar a coragem necessária para realizar o salto. Neste momento, estamos prestes a presenciar a melhor cena do filme: o renascimento do Batman!
A representatividade desta cena para a mitologia do personagem é algo fora do comum. Tudo se inicia com a recusa do Bruce em utilizar a corda e, conforme ele vai subindo, os demais presos começam a entoar o mantra que acompanha todas as tentativas de fuga (Deshi Deshi! Basara Basara!). Juntamente ao cântico dos presos, começa a excelente música “Why Do We Fall” composta por Hans Zimmer (de quem falaremos daqui a pouco). Bruce vai subindo, o mantra vai aumentando de intensidade, a música cresce. Ele chega até o momento do salto... Exita... Vários morcegos surgem de um buraco na parede... Era somente o que faltava para o seu renascimento... A música para... Ele pula..
... e, finalmente, o Batman renasce ao som característico da trilha do Sr. Zimmer e aos gritos de felicidade dos presos que não acreditam no que acabaram de presenciar.
Além do tema principal do filme (Rise = Ressurgimento), o conceito de, no sentido literal, “sair do fundo poço” é SENSACIONAL!
Bruce volta a Gotham (não importa como, ele é o Batman) e precisa acabar com o mal que toma conta da sua cidade. Mas primeiro decide mostrar a todos os gothamitas que eles não estão sozinhos e marca o Bat-Símbolo com fogo em um das pontes destruídas. Um símbolo de esperança convocando a todos para se juntarem a ele na luta pela sobrevivência de Gotham!
Os policiais são retirados dos túneis e, em mais uma cena com extrema representatividade ao tema, partem para a briga contra o exército do Bane (composto pelos internos da Prisão Blackgate, que foi aberta por ele após expor a farsa do heroísmo de Harvey Dent) ao amanhecer (olha o “rise” novamente).
Em meio a esta batalha campal, Batman se depara novamente com Bane e, desta vez, as coisas são diferentes. No começo o Batman apanha, mas desta vez ele conhece o seu inimigo e corresponde a altura. Mais uma vez nos impressionamos com a carga física da cena! Bane é derrotado e, finalmente, Miranda Tate afirma ser Talia Al Ghul e que está ali para terminar o que Ra’s havia iniciado anos antes. Porém, numa manobra junto ao Comissário Gordon, Batman impede temporariamente a explosão da bomba.
A Mulher-Gato entra novamente em cena e, com a Batpod, mata o Bane. A perseguição começa nas ruas da cidade e lembrando bastante a morte de Ra’s em Batman Begins, Talia Al Ghul tem a sua morte ligada a um acidente com um veículo em movimento. Neste momento, numa das cenas mais bonitas do filme envolvendo o Batman e o Comissário Gordon, Bruce “deixa no ar” quem ele realmente é e dizendo que qualquer pessoa pode se tornar um herói, numa referência direta à Batman Begins. Após isto, ele decide se sacrificar e com o The Bat (veículo voador), pega a bomba e leva para explodir longe de Gotham.
Fim do terror... Fim da agonia... Fim do Batman...
E o que dizer da atuação de Michael Caine na frente do túmulo da Família Wayne?! INACREDITÁVEL! Se Heath Ledger chamou a atenção em TDK, neste filme Caine se sobressai em todos os momentos onde ele está em cena. Candidato fortíssimo ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante.
E o que dizer da atuação de Michael Caine na frente do túmulo da Família Wayne?! INACREDITÁVEL! Se Heath Ledger chamou a atenção em TDK, neste filme Caine se sobressai em todos os momentos onde ele está em cena. Candidato fortíssimo ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante.
Bruce Wayne é declarado morto e seus bens são deixados para a cidade. John Blake, no momento em que descobrimos que ele é o Robin, deixa a polícia por não acreditar mais nos ideais da corporação. Os advogados da Wayne Enterprises notam que um dos itens da lista de bens da empresa sumiu: um colar de pérolas. Lucius Fox descobre que o piloto automático do The Bat foi consertado. O Comissário Gordon encontra o Bat-Símbolo consertado no topo do DPGC. Alfred vai à Itália em férias, como ele fazia todos os anos, e descobre um Bruce Wayne vivo com a Selina Kyle e o colar de pérolas. Robin encontra a Bat-Caverna e recebe o “batismo” dos morcegos... Fim...
Note que todas as pessoas que realmente importavam para Bruce Wayne receberam provas de que ele estava vivo. Ele não precisa mais ser o Batman. Ele finalmente conseguiu provar que desde o começo ele estava certo: o Batman é um símbolo de esperança para a cidade, independente de quem vista o manto. O importante é todos saberem que ele está lá... Que ele está vigiando!
Com muitas referências aos quadrinhos clássicos (O Cavaleiro das Trevas, O Messias, A Queda Morcego, Terra de Ninguém) e, em alguns momentos, até a Série de TV, além das participações especiais do Espantalho (Cillian Murphy) e Ra's Al Ghul (Liam Neeson), Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge se torna um novo clássico do cinema moderno e dos filmes baseados em histórias em quadrinhos. Christopher Nolan e a sua Bat-Trilogia mostraram a todos que é possível sim fazer um filme de herói com os pés na realidade.
Mérito também para as excelentes trilhas sonoras compostas por Hans Zimmer. Em Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge seu trabalho foi levado à categoria de épico por se tornar mais um personagem do filme.
Para encerrarmos, uma das frases mais marcantes de toda a trilogia com uma pequena alteração:
“SE VOCÊ FAZ DE SI PRÓPRIO MAIS DO QUE SIMPLESMENTE UM HOMEM... SE VOCÊ SE DEDICA A UM IDEAL... ENTÃO VOCÊ SE TORNA ALGO COMPLETAMENTE DIFERENTE... UMA LENDA SR. NOLAN... UMA LENDA!!!"
#InNolanWeTrust
tudo como deveria ser, brilhante comentário.
ResponderExcluirNa parte "vários morcegos surgem de um buraco na parede" está minha maior dúvida: Vc acha que esses morcegos eram, de fato, reais, ou eram apenas uma alucinação de Bruce, representando que o medo estava voltando para ele, já que ele tinha perdido esse medo, justamente, no primeiro filme, ao "encarar" os morcegos na batcaverna, pela primeira vez? Porque não faz muito sentido morcegos aparecerem do nada, naquela cena, sendo que não tinham dado as caras, em outros momentos...PS: B=Muito bom o texto!
ResponderExcluirPo cara, nunca pensamos por esse lado. Isso abre espaço pra muita discussão, porém creio que os morcegos eram reais na cena em questão. Ele chegou naquele ponto e os morcegos trouxeram a lembrança do medo que ele sempre precisou enfrentar (neste caso específico o medo de morrer).
ExcluirObrigado por acompanhar o blog e um abraço!