Gothamitas [044] - Vozes

Você conhece os heróis... Você conhece os vilões... Você conhece os policiais... Chegou a hora de conhecer Gotham City pelo olhar de seus verdadeiros habitantes: os GOTHAMITAS!!!


Escuridão completa.

Barulhos inconcebíveis.

Não me lembro de como cheguei neste local e, pra dizer a verdade, eu nem sei realmente onde estou. A única coisa que eu sei é: estou preso.

Preso num local extremamente apertado!

O engraçado é que mesmo preso, por mais estranho que isso pareça, eu me sinto bem. Muito bem, por sinal.

Não entendo o que se passa ao meu redor.

Barulhos inconcebíveis e incessantes.

Ouço algumas vozes falando ao longe. Vozes familiares. Vozes que me confortam.

De repente, uma voz grossa masculina se sobressai aos vários sons e, aos berros, solta o seguinte:

“Vamos! Vamos! Rápido!”

Chacoalhões.

Realmente eu não tenho a menor noção de onde estou, mas sei que, independente de onde seja, estou em movimento. Após um tempo, paramos e ouço sons e vozes inéditas pra mim.

Barulhos inconcebíveis, incessantes e acelerados.

Sinto que o local onde estou está se contraindo. Está ficando difícil de me manter aqui.

Ouço uma mulher gemendo em intervalos regulares.

Momentos depois ela começa a gritar.

E mais. E mais.

Que lugar é esse? Que barulhos são esses?

Uma voz masculina, não aquela que eu ouvi anteriormente, mas uma nova, repete sem parar:

“Continue assim! Você está indo muito bem! Isso! Vamos!”

Sinto-me cada vez mais apertado.

E mais. E mais.

Vejo uma luz.

Que lugar é esse? Que barulhos são esses?

A luz é muito forte e eu não consigo enxergar.

A única coisa que eu consigo fazer é chorar. Chorar, sem parar.

“Parabéns, é um lindo menino” – diz a segunda voz masculina.

Ouço duas pessoas chorando. Aparentemente, de alegria. O dono da primeira voz masculina e a mulher que estava gritando. As vozes familiares.

Após alguns momentos de carinhos, beijos e uma reconfortante sensação de alegria, ouço a mulher dizer:

“Obrigado Doutor. Muito obrigado!”

Ao que ele responde:

“Não precisa me agradecer. Apenas fiz o meu trabalho. Como será o nome do garotão?”

“Bruce”, ela responde.

“Lindo nome! Por coincidência este é o nome do meu filho”, diz o Doutor.

Todos riem.

“Bom, infelizmente preciso me retirar. Tenho que ir pra casa o mais rápido possível, pois prometi ao meu pequeno Bruce que o levaria ao cinema hoje”.

“Bom passeio Dr. Wayne. Divirta-se. Mais uma vez, obrigado por tudo”, diz o dono da primeira voz masculina.

Sim, aquele foi o médico que me trouxe a este mundo.

Sim, as duas pessoas felizes são os meus pais.

Sim, foi assim que eu nasci.



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